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08/09/2021
A Culte, startup brasileira responsável pela criação de um ecossistema completo de apoio ao agronegócio familiar, lança neste dia 13 de setembro a cultecoin, criptomoeda que permite a compra da produção de pequenos agricultores a preços mais acessíveis. A princípio, a empresa disponibilizará 21 milhões de tokens, o que corresponde a 10% do total, ao custo de US$ 0,05 cada. O desenvolvimento da criptomoeda foi na BEP-20, token padrão da rede Binance Smart Chain.
O objetivo da nova cripto é que ela seja utilizada para operações dentro do marketplace da Culte, que, entre seus serviços, oferece uma loja online para os produtores, conta digital, emissão de boleto, pagamento em cartão de crédito por link, e empréstimos. “Nosso intuito é que estes últimos sejam substituídos pelo sistema barter, que é a troca de produtos entre agricultores e fornecedores de insumos muito usada na agricultura, entre os grandes produtores. Agora, estamos levando esta possibilidade também aos pequenos, sem cobrar juros”, afirma Cláudio Rugeri, CEO e cofundador da Culte.
Segundo ele, a ideia é não cobrar juros e em troca receber a produção do agricultor, que será colocada a venda dentro do marketplace. “Apenas os detentores dos tokens utility cultecoin terão acesso a áreas exclusivas do marketplace da Culte. Lá, agricultores, agroindústrias e fornecedores de insumos disponibilizarão seus produtos para comercialização em condições diferenciadas”, reforçou ele.
A tokenização possibilitará que milhares de agricultores familiares tenham acesso direto a consultores técnicos e fornecedores de insumos, implementos, equipamentos e novas tecnologias agrícolas capazes de melhorar a produtividade e o padrão na produção. “Com o valor dos tokens, vamos comprar suprimentos para um grupo de agricultores. Assim, esperamos conseguir preços melhores, enquanto os agricultores também podem vender diretamente seus produtos e comprar o que precisarem sem intermediários.
Para o comprador - que pode ser uma pessoa física ou jurídica - ao utilizar a cultecoin ele terá mais agilidade em encontrar sortimento de produtos com fácil verificação da procedência, além de ter a opção de compra com entrega futura programada. Sem falar no impacto social.
Segundo o PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), a quantidade de pessoas que vivem na zona rural é de 30 milhões, mas uma pesquisa do Ministério do Desenvolvimento Agrário com outros parceiros apontou que são 72 milhões de habitantes se levarmos em consideração que cidades com menos de 5.000 habitantes são predominantemente rurais. Para o financiamento da safra de 2020/2021, foram disponibilizados R$ 251,2 bilhões pelo Governo Federal, sendo que apenas R$ 39,3 bilhões foram para a agricultura familiar - responsável por mais de 10 milhões de trabalhadores e por 70% dos alimentos que abastecem as mesas dos brasileiros.
Rugeri informa que, nos últimos 6 meses, a Culte recebeu mais de R$ 15 milhões em solicitações de empréstimos, sendo que 70% dos agricultores que solicitaram nunca tiveram acesso a crédito. Hoje, a startup está presente em 20 estados brasileiros, reunindo mais de dois mil pequenos agricultores; destes, mais de 30% são mulheres.
“Precisamos impulsionar o agronegócio familiar brasileiro. O sistema bancário tradicional não é capaz de suprir com recursos financeiros subsidiados e tecnológicos de maneira abrangente e no período adequado”, afirma Rugeri.
Depois da primeira fase de vendas da cultecoin, em que serão lançarão 21 milhões de tokens, entrarão em etapas mensais no mercado nos próximos 50 meses. E os 20% restantes (42 milhões) ficarão no smart contract para negociação em bolsa, o que está previsto para 2022. Assim, o valor total dos tokens hoje é de US$ 10,5 milhões.
Fonte: Assessoria de Imprensa Culte